Copom reconhece que execução de pacote fiscal atenuaria reduz risco de alta de inflação
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reconheceu, na ata de sua última reunião divulgada nesta terça-feira, que “manteve sua governança usual de incorporar as políticas já aprovadas em lei”, mas “reconhece” que a execução do pacote fiscal anunciado pelo Ministério da Fazenda “atenuaria os estímulos” sobre a demanda, reduzindo o risco de alta sobre a inflação.
“O Comitê discutiu também os impactos do cenário fiscal sobre a inflação. Nessa discussão, foi novamente enfatizado que o efeito líquido da condução da política fiscal sobre a inflação é muito dependente das condições macroeconômicas e financeiras vigentes”, ressaltou a ata.
O BC afirmou que, ao analisar os múltiplos canais, “incluindo o movimento nas condições financeiras advindos de juros futuros, e atualizar as hipóteses de trajetória fiscal para incorporar o orçamento sancionado para 2023”, avaliou que as perspectivas para a atividade não tiveram alteração relevante.
“Alguns membros notaram que as medianas das projeções de déficit primário do Questionário Pré-Copom (QPC) e da pesquisa Focus para o ano de 2023 são sensivelmente menores do que o previsto no Orçamento federal, possivelmente incorporando o pacote fiscal anunciado pelo Ministério da Fazenda”, destacou.
— Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil