O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) colocou fim a um período de dois meses de deflação e subiu 0,31% em abril, após quedas de 0,52% em fevereiro e de 0,47% em março, informou nesta segunda-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No acumulado do ano, o indicador ainda mostra deflação de -0,60% e, em 12 meses, de -3,04%.
A inflação em abril foi mais forte que a esperada pelo consenso LSEG de analistas, que previa alta de 0,05%.
Em abril de 2023, o índice tinha registrado queda de 0,9% no mês e acumulava retração de -2,17% em 12 meses.
Em abril de 2024, o que puxou o IGP-M foram os preços ao produtor, que subiram 0,29%. Entre eles, destacaram-se aumentos no preço do cacau, que saltou de 19,92% para 63,63%, e do café, que foi de 0,62% para 9,57%, além da soja, que passou de -0,47% para 5,66%.
Enquanto isso, o minério de ferro apresentou uma redução menos acentuada, caindo de -13,27% para -4,78%, o que também teve papel importante na aceleração da taxa do IPA.
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IPA
Em abril, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,29%, o que representou uma inversão do comportamento observado em março, quando registrou queda de 0,77%.
O grupo de Bens Finais, no entanto, caiu 0,13% em abril, uma variação inferior a taxa de +0,03% registrada no mês anterior. Esse decréscimo foi impulsionado principalmente pelo subgrupo de alimentos in natura, cuja taxa recuou de 2,17% para -2,37% no mesmo intervalo.
Quando excluídos os alimentos in natura e combustíveis para consumo, a variação passou de -0,22%, em março, para +0,05%, em abril.
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Já a taxa do grupo Bens Intermediários subiu 0,72% em abril, intensificando a alta observada no mês anterior, quando registrou 0,22%. O principal fator que influenciou esse movimento foi o subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,06% para 0,85%.
O estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou alta de 0,24% em abril, comportamento oposto ao de março, quando caiu 2,71%. A aceleração deste grupo foi principalmente influenciada por itens chave, tais como o minério de ferro, que suavizou a queda de -13,27% para -4,78%, a soja, cuja taxa alterou de -0,47% para 5,66%, e o café em grão, que acelerou de 0,62% para de 9,57%.
Em contraste, alguns itens tiveram um comportamento oposto, entre os quais se destacam a laranja, que despencou de uma alta de 17,27% para 2,81%, o algodão em caroço que retrocedeu de uma alta de 7,23% para uma queda de -4,25% e a cana-de-açúcar, que recuou de 0,04% para -1,09%.