Petrobras: governo precisa entender que se beneficia com dividendos

Petrobras: governo precisa entender que se beneficia com dividendos
Petrobras: governo precisa entender que se beneficia com dividendos

O Conselho de Administração da Petrobras (PETR3; PETR4) optou por distribuir 50% dos dividendos extraordinários aos acionistas da empresa. Segundo avaliação do colegiado, respaldada por informações da Diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores, essa medida não teria impacto negativo na saúde financeira da companhia.

A proposta do conselho será levada à Assembleia Geral Ordinária, marcada para esta quinta-feira (25). Caso aprovada, essa ação resultará na distribuição de aproximadamente R$ 22 bilhões em dividendos para o mercado. Em março, a empresa comunicou que pretendia distribuir o mínimo estabelecido pela Política de Remuneração aos Acionistas, 45% do fluxo de caixa livre em proventos.

O que parece que o governo Lula não entende é que, como acionista majoritário, recebe uma parcela significativa desses dividendos, contribuindo para o orçamento federal e o financiamento de programas. É uma receita crucial para auxiliar na redução do déficit primário e no cumprimento das metas fiscais.

Isso garante credibilidade ao País, além de investimentos, apoio popular e governabilidade. A intervenção do governo na Petrobras é significativa, devido ao seu controle sobre questões inflacionárias, especialmente no setor de combustíveis, e à sua influência política e popularidade.

Vale lembrar que, embora o brasileiro não saiba, o preço da gasolina está 20% abaixo dos preços internacionais, ou seja, a Petrobras já está sendo prejudicada. Não é apenas em relação aos dividendos.

Em 2022 a Petrobras, foi a segunda maior pagadora de dividendos do mundo, ficando atrás apenas da mineradora anglo-australiana BHP. Porém, em 2023 saiu da lista das 20 maiores pagadoras de proventos do planeta. A única explicação é a interferência governamental.

É importante notar que a Petrobras é uma empresa de capital misto controlada pelo governo e suas decisões financeiras têm repercussões diretas na economia nacional. Se o governo quer controlar preços e dividendos, que feche o capital da companhia ou a privatize totalmente, algo quase impossível de ocorrer.

Os dados econômicos mostram que estamos com baixo desemprego, inflação relativamente controlada e estimativa do PIB crescendo constantemente. Entretanto, uma pergunta que todos precisam fazer é: isso ocorre por causa as ações do atual governo ou do que foi plantando no passado e está sendo colhido agora?

Costumo falar uma frase que gosto muito: para todo problema econômico complexo, há uma solução simples e burra.

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