Petrobras (PETR4): Petróleo sobe próximo a US$ 90 e gasolina tem defasagem de quase R$ 1; entenda os reflexos
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Os preços do petróleo seguem subindo no mercado internacional, a medida que as tensões entre Israel e Hamas avançam, com risco para que o conflito se espalhe no Oriente Médio.
Na manhã desta quarta-feira (3), o petróleo Brent, com vencimento para junho, avançava 0,75%, em US$ 89,58. No mesmo horário, os preços do West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em maio, subiam 0,74%, em US$ 85,78.
Os preços da gasolina e o diesel no Brasil, praticados pela Petrobras (PETR4), seguem defasados no mercado interno.
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Segundo dados da Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), os preços da gasolina estão com uma defasagem de 25,35% (R$ 0,9592/L), enquanto o diesel fica em 7,72% (R$ 0,2944).
De acordo com Pedro Rodrigues, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), em entrevista ao Money Times, essa defasagem afeta principalmente os importadores de petróleo.
“Isso afeta empresas com a Raízen (RAIZ4), Ipiranga e outras empresas. O Brasil conta com mais de 150 distribuidoras e quando a Petrobras, que tem 85% – 90% da capacidade de refino no mercado nacional, começa a vender abaixo dos preços internacionais, isso prejudica os importadores. Isso prejudica também a Acelen, dona de refinaria na Bahia, que precisa vender os derivados mais baratos que no mercado internacional”, explica.
Risco de desabastecimento e fim da concorrência da Petrobras
Rodrigues ressalta que se essa defasagem se manter no longo prazo, há risco para desabastecimento.
“Se deixarem de importar, por não ser vantajoso, faltará produto no mercado. No passado, a Petrobras importava e tomava prejuízo, algo que não é mais permitido nas regras da empresa”, pontua.
O diretor do CBIE comenta que a Petrobras não vê espaço no momento para um reajuste, já que a estatal não tem visto prejuízo, porque ela tem custos menores que da importação.
“A Petrobras faz isso por dois motivos, com o primeiro sendo para aniquilar seus concorrentes, vendendo mais barato, fazendo com que outras empresas não consigam importar e tomando o mercado, algo que, na minha visão, deveria ser controlado pelo CADE. O segundo motivo é político. Quando a estatal não reajusta os preços, ela ajuda o Governo no controle da inflação”, discorre.
Por fim, Rodrigues aponta que a política comercial da empresa segue obscura desde o fim da política de paridade internacional.
“Não sabemos quando eles podem ajustar os preços, virou uma grande ‘caixa preta’. O reajuste faz sentido com base na antiga paridade, mas com base nessa política atual, que o mercado não consegue entender, é difícil dizer quando teremos um novo reajuste”, conclui.
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