Pesquisadores japoneses desenvolvem técnica inovadora para integrar pele viva a robôs
![Pesquisadores japoneses desenvolvem técnica inovadora para integrar pele viva a robôs](https://marketinsider.com.br/wp-content/uploads/2024/06/japao-inova-com-pele-viva-para-robos-humanoides.jpeg)
Pesquisadores do Instituto de Ciência Industrial da Universidade de Tóquio, liderados pelo professor Shoji Takeuchi, desenvolveram uma técnica que promete revolucionar a aparência e interação dos robôs. A equipe conseguiu ligar tecido de pele viva a superfícies robóticas mecânicas, criando um robô coberto por pele real que pode realizar expressões faciais.
Anteriormente, Takeuchi havia criado uma pele robótica usando colágeno e outros tecidos da derme humana, que conseguia dobrar sem se romper. Agora, inspirando-se na estrutura dos ligamentos da pele, a equipe criou “âncoras” de colágeno para fixar a pele em pequenos orifícios na superfície do robô. Este novo método promete uma fixação mais durável e contínua.
A pesquisa foi publicada na revista Cell Reports Physical Science e destaca a importância das expressões faciais realistas para a comunicação e interação dos robôs com os humanos. Essas expressões são fundamentais em setores como saúde, onde empatia e conexão emocional são essenciais.
A inovação japonesa se soma a outros esforços na área de robótica humanóide, como a Ameca, desenvolvida pela Engineered Arts Ltd. Ameca utiliza inteligência artificial para conversar e reagir às respostas humanas, destacando-se por seus olhos realistas que melhoram a percepção emocional.
No entanto, mesmo os robôs mais avançados ainda enfrentam o desafio do “vale da estranheza”, onde tentativas de simular expressões humanas podem causar desconforto. A pesquisa de Takeuchi busca superar essas limitações, tornando as interações mais naturais e eficazes.
A próxima fase da pesquisa visa adicionar mais funções sensoriais à pele, tornando-a mais responsiva a estímulos ambientais. Entretanto, a manutenção da qualidade e consistência da pele viva ainda é um desafio. Para isso, a equipe está explorando a criação de um sistema vascular para nutrir a pele, aumentando sua durabilidade e longevidade.