Ministro chinês nega intenção de seu país de enviar armas para a Rússia
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A China não venderá armas para nenhum dos lados envolvido na guerra na Ucrânia, declarou nesta sexta-feira (14) o ministro das Relações Exteriores do país asiático, Qin Gang. A declaração foi feita em coletiva de imprensa em Pequim, durante a visita da ministra alemã Annalena Baerbock, num momento em que rumores indicavam a intenção chinesa de fornecer armas e munições para a Rússia.
Segundo a agência AP, Qin Gang reafirmou a neutralidade de seu pais no conflito que já dura mais de um ano.Ele acrescentou que a China também vai regular a exportação de itens com uso duplo, civil e militar.
“Em relação à exportação de itens militares, a China adota uma atitude prudente e responsável”, disse Qin na coletiva. “A China não fornecerá armas às partes relevantes do conflito e administrará e controlará as exportações de itens de uso duplo de acordo com as leis e regulamentos”.
O ministro chinês, no entanto, recusou-se a criticar as ações de Moscou, mantendo o foco nas as sanções econômicas enfrentadas pelo o governo do presidente Vladimir Putin.
“O território é indivisível e a segurança é igualmente indivisível”, disse Qin. “Sem o reconhecimento dos interesses de segurança de uma determinada parte, crises e conflitos são inevitáveis”, alegou.
“A China está disposta a continuar trabalhando pela paz e espera que todas as partes envolvidas na crise permaneçam objetivas e calmas e façam esforços construtivos para resolver a crise por meio de negociações”, acrescentou.
O jornal britânico The Guardian informou que, em seu discurso, Baerbock defendeu que a China tem uma responsabilidade especial em ajudar a acabar com o conflito, uma vez que membro permanente do conselho de segurança da Organização da Nações Unidas (ONU).