Os destaques desta sexta-feira (15) são os números do setor de manufatura, sentimento do consumidor e expectativas de inflação dos EUA, além da Pesquisa Mensal de Serviços e os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro.
A queda das commodities, com o minério de ferro fechando abaixo de US$ 110 por tonelada em Dalian, na China, tende a pressionar a Bolsa brasileira.
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou “que não há qualquer decisão ou data definida” para distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas. Em comunicado ao mercado, a empresa faz referência a notícias divulgadas e lembra que seu Conselho de Administração propôs à Assembleia Geral Ordinária que o valor de R$ 43,9 bilhões seja integralmente destinado à reserva de remuneração do capital.
Em reunião que durou mais de duas horas nesta quinta-feira na sede da Associação de Investidores do Mercado de Capitais (Amec), a situação da Petrobras foi discutida por acionistas privados. O Broadcast apurou que o mote do encontro foi a preocupação generalizada dos investidores com relação aos riscos à governança corporativa da estatal, que, inclusive, se sobrepôs à discussão em torno da decisão da Petrobras retenção dos dividendos extraordinários.
Lojas Renner (LREN3)
A Renner reportou lucro líquido de R$ 526,9 milhões no quarto trimestre de 2023, número 9,4% maior do que no último trimestre de 2022, em linha com o Prévias Broadcast. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) total ajustado subiu 9,7% e fechou em R$ 1,007 bilhão. A margem Ebitda total ajustada foi de 26,5%, alta de 0,7 p.p. na comparação anual.
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Os resultados ficaram um pouco abaixo das expectativas do Citi, apesar da boa geração de caixa. O banco avalia que as restrições de crédito estão impedindo a Renner de alcançar seus pares de fast fashion, mas o lado positivo é que houve uma melhora na qualidade de crédito sequencial, o que deve ser explorado na teleconferência desta sexta-feira.
A companhia comunicou também a descontinuidade de vários guidances (projeções da diretoria da empresa) e a decisão do presidente do Conselho de Administração, José Gallo, de não ser mais reconduzido ao posto.
A Renner aprovou ainda a distribuição de Juros Sobre Capital Próprio (JCP) de R$ 143,695 milhões, a R$ 0,15 por ação. As ações passam a ser negociadas “ex-JCP” no dia 20.
Gerdau (GGBR4)
O Conselho de Administração da Gerdau aprovou o aumento de capital social de R$ 4,057 bilhões, mediante a capitalização de parte do saldo da conta de reserva de lucros e emissão de 351.413.410 novas ações, com bonificação aos acionistas, na proporção de 1 para cada 5 ações, com base na posição acionária de 17 de abril. A companhia também concluiu a venda da sua participação na joint venture Diaco (49,85%) para o Grupo Inicia, por US$ 325 milhões.
Embraer (EMBR3)
O Conselho de Administração da Embraer aprovou a celebração, com o Santander, de contratos de troca de resultados de fluxos financeiros futuros com liquidação financeira (equity swap), tendo por referência ações de emissão da companhia. Os contratos terão liquidação exclusivamente financeira e prazo máximo de 18 meses, com encerramento em 22 de setembro de 2025.
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela Brazil Realty teve lucro líquido de R$ 248 milhões no quarto trimestre, alta de 19% ante mesmo período de 2022 e em linha com o Prévias Broadcast. A receita líquida totalizou R$ 1,710 bilhão, alta de 25%.
Os resultados foram considerados sólidos pela XP, com destaque para a receita (+25% ante base anual) ligeiramente (+1%) acima do esperado, impulsionada principalmente por um notável desempenho operacional, com vendas líquidas subindo 21% anualmente.
Eztec (EZTC3)
A Eztec apresentou lucro líquido de R$ 82,798 milhões no quarto trimestre, um salto de 163% na base anual. O Ebit chegou a R$ 70,503 milhões, aumento de 180%. Já a receita líquida totalizou R$ 337,929 milhões, alta de 8,7%.
A empresa também aprovou a distribuição de dividendos intercalares de R$ 19.664.561,20, a R$ 0,090 por ação. A partir de 22 de março, as ações serão negociadas “ex”.
Tenda (TEND3)
O prejuízo líquido consolidado da Tenda caiu 87,3% entre o quarto trimestre de 2023 e o mesmo período de 2022, indo para R$ 19,6 milhões, de R$ 155,1 milhões. O Ebitda ajustado consolidado ficou positivo em R$ 47,3 milhões, contra resultado negativo em R$ 54,2 milhões um ano antes.
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Os resultados foram considerados mistos pela XP, que destaca lucro líquido ainda pressionado, embora haja uma recuperação gradual da lucratividade do segmento Tenda.
Yduqs (YDUQ3)
A Yduqs reportou prejuízo líquido de R$ 120,3 milhões no quarto trimestre, alta de 42,7% na comparação anual. O lucro líquido ajustado foi de R$ 11,6 milhões no período, revertendo o prejuízo de R$ 8,4 milhões um ano antes. O Ebitda somou R$ 226,9 milhões, 11,6% menos que no mesmo período de 2022. O Ebitda ajustado, por sua vez, foi de R$ 345 milhões, uma alta de 10%.
A companhia divulgou ainda guidance para o lucro do primeiro trimestre de 2024, que deve ficar entre R$ 172 milhões e R$ 187 milhões. Já o item Despesa de Capital (Capex, na sigla em inglês) para 2024 deve se manter o mesmo de 2023, em R$ 470 milhões.
Os números ajustados ficaram amplamente alinhados com as previsões do Citi, mas os não recorrentes foram maiores e o consumo de caixa, pior. “Embora concordemos que a melhora das tendências no presencial deve ser naturalmente positiva para reacender a alavancagem operacional, o menor impulso no EAD (ensino à distância) pode reduzir parcialmente a progressão da receita, enquanto R$ 107 milhões de bônus provisionados para o segundo trimestre de 2024 devem pesar na geração de fluxo de caixa em 2024”, pondera.
Eneva (ENEV3)
A Eneva registrou prejuízo líquido de R$ 290,6 milhões no quarto trimestre, 49,9% maior que o prejuízo registrado no mesmo período de 2022. Já o Ebitda ajustado alcançou R$ 1,053bilhão no mesmo intervalo, alta anual de 88,6%. O resultado do período se deve a uma baixa contábil de R$ 430 milhões, que reverteu o lucro da operação no período, mas sem repercussão no caixa da companhia, disse ao Broadcast o diretor Financeiro da Eneva, Marcelo Habibe.
Telefônica (VIVT3)
A Telefônica distribuirá R$ 255 milhões em JCP, a 0,15 por ação. As ações serão negociadas “ex” a partir do dia 29 de março.
Oi (OIBR3)
A Justiça do Rio de Janeiro deferiu a prorrogação do período de suspensão das ações e execuções (stay period) da Oi, até 25 de março de 2024, conforme decidido em assembleia geral de credores (AGC) realizada no último dia 5.
Unipar (UNIP6)
A Unipar Carbocloro registrou lucro líquido de R$ 161,2 milhões no quarto trimestre, alta de 8,6% ante o mesmo período de 2022. O Ebitda consolidado somou R$ 83,6 milhões, queda de 70,8%.
Qualicorp (QUAL3)
O Conselho de Administração da Qualicorp aprovou a 7ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, da espécie quirografária (que não desfruta de privilégios), no valor de R$ 200 milhões.
Vittia (VITT3)
O Grupo Vittia registrou lucro líquido de R$ 41,26 milhões no quarto trimestre, queda de 16,2% ante igual período do ano anterior. O Ebitda ajustado foi de R$ 49,94 milhões, queda de 16,6%.