IPCA-15: Mercado recebe balde de água fria com inflação ‘pior do que o esperado’; veja o que dizem os especialistas
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A prévia da inflação do terceiro mês de 2024 veio 0,42 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de fevereiro (0,78%). Ainda assim, ficou acima das expectativas dos analistas.
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desacelerou a +0,36% em março, passando a acumular uma alta de 1,46% no ano. A expectativa para o mês, de acordo com pesquisa da Reuters, era de avanço de 0,32%.
Dos nove grupos do IPCA-15, cinco registraram alta em março, com destaque para alimentação e bebidas — que registrou a maior variação (0,91%) e o maior impacto (0,19 p.p.).
Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, ressalta que a surpresa altista foi espalhada e em itens que traduzem composição ruim da inflação. “O grupo que voltou a trazer surpresa altista foi o de serviços subjacentes e intensivos em trabalho, confirmando o sinal de mercado de trabalho ainda pujante”, diz.
Era esperada uma variação de 0,36% para a categoria de serviços subjacentes, que acabou apresentando alta de 0,40% — acima também, pela quarta divulgação seguida da mediana.
“Acreditávamos que as próximas duas leituras de IPCA (março e abril) iriam mostrar sinal de desaceleração dos grupos subjacentes e intensivo em trabalho e, depois, reverteriam este sinal e voltariam a reacelerar. O número de hoje trouxe dúvidas quanto a este movimento momentâneo de “falsa” continuidade de desinflação”, diz Angelo.
“Até que esse processo se consolide, os dados justificam a necessidade do BC de ser cauteloso, que lida também com uma economia ainda aquecida, com dados de atividade resilientes e um forte mercado de trabalho”, finaliza.
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