Ibovespa passa a subir e recupera os 122 mil pontos com elétricas e bancos; dólar recua
A bolsa de valores hoje opera em alta diante do bom desempenho dos setores de energia elétrica e financeiro. Ao mesmo tempo, o dólar mostra desvalorização ante o real depois de iniciar o dia em alta.
Nesse sentido, o mercado ainda mostra alguma preocupação com suposto aumento de risco no Brasil, principalmente relacionado à inflação. Ainda que os indicadores econômicos mostrem a economia crescendo de maneira sustentável.
Com isso, setores beneficiados pela Selic mais alta sobem na bolsa de valores hoje.
Bolsa de valores hoje passa a subir
A previsão do IPCA 2024 subiu pela 4ª vez consecutiva, de 3,86% para 3,88%. Houve ainda elevação nas projeções do índice para 2025 (de 3,75% para 3,77%) e para 2026 (3,58% para 3,60%).
Agora, os agentes estimam a Selic em 10,25% no encerramento de 2024 contra 10% da projeção anterior.
Assim, perto das 12h20, o Ibovespa subia 0,24%, a 122.399 pontos, revertendo as perdas do início do dia. Na mínima, o índice caiu a 121 mil pontos. Em maio, o desempenho do principal índice da bolsa foi negativo.
Ações da bolsa de valores hoje
Isso porque setores importantes da bolsa passaram a operar no campo positivo. O setor financeiro, um dos mais ‘pesados’ do Ibovespa, subia, com Itaú (ITUB4) avançando 1,44%, Bradesco (BBDC4) subindo 0,95% e Banco do Brasil em alta de 0,37%.
O setor de energia também subia em bloco.
Cemig (CMIG4), Eneva (ENEV3), Enegisa (ENGI11), CPFL (CPFE3), Engie (EGIE3) e Eletrobras (ELET3) avançavam entre 1% e 2%.
Dólar hoje
O dólar à vista iniciou a sessão desta segunda-feira em alta, com os agentes financeiros de olho no mercado global e com atenção especial aos preços de commodities.
Com o minério de ferro voltando a cair com força (no menor patamar de seis semanas), o real iniciou a sessão mais fraco frente ao dólar.
Além disso, a percepção de risco local ainda matinha a moeda brasileira pressionada, à medida que as expectativas de inflação continuam desancoradas.
Porém, houve uma inversão ainda nesta manhã, com o real se valorizando ante a principal moeda da economia global. Assim, o dólar comercial era negociado em queda de 0,37%, a R$ 5,2256.
Da mesma maneira, no exterior, o índice DXY caía 0,43%, aos 104,22 pontos.
PIB deve mexer com o Ibovespa
A expectativa é de crescimento de 0,6% para o PIB no primeiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior. “Seria um bom dado, lembrando que a gente vem de um ritmo de crescimento interessante, e dados do primeiro trimestre mostram que isso se mantém”, diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.
O economista revela que há uma discrepância entre dados da economia real e preços de ativos financeiros.
Nesse sentido, os indicadores econômicos mostram o Brasil com inflação controlada, mercado de trabalho na melhor condição dos últimos anos e renda crescente.
Por outro lado, os juros futuros sobem, o que mostra que o mercado vê aumento de risco para o Brasil. Simultaneamente, a bolsa de valores cai. O principal índice da bolsa recuou 3% em maio.
“O Brasil se descolou bastante dos Estados Unidos em maio, com as (bolsas) americanas em níveis históricos”.
Outros dados importantes da semana
Mas, globalmente, o principal indicador da semana é o payroll, relatório de emprego dos Estados Unidos.
O último veio abaixo do esperado. “Se vier mais um payroll fraco, isso pode consolidar a ideia de um corte de juros já no segundo semestre, em setembro”, diz Gala.
Além disso, o BCE está em vias de um corte de juros, o que pode também ajudar o Brasil e outros países emergentes a recuperarem os valores de seus ativos financeiros.
O Banco Central Europeu tem decisão de política monetária marcada para a próxima quinta-feira. Confira a agenda da semana aqui.
Com informações do Valor Econômico
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