Ibovespa não engata alta nem com leitura favorável da inflação preferida do Fed
Mesmo com dados de inflação dentro do esperado nos Estados Unidos, diminuindo a pressão sobre os mercados de juros globais, o Ibovespa operava no campo negativo na manhã desta sexta-feira (31). Por volta das 11h20, o índice de referência da bolsa de valores brasileira recuava 0,25%, aos 122.404 pontos.
Entre as ações, o destaque ficava por conta da alta dos papéis ordinários (PETR3) e preferenciais (PETR4) da Petrobras, com ganhos de 2,1% e 1,4%, respectivamente.
Já no mercado de câmbio, o dólar subia 0,5%, cotado a R$ 5,233. Na contramão do índice DXY, que mede o desempenho da divisa americana contra uma cesta de outras seis moedas principais, que baixava 0,3%, a 104,37 pontos.
PCE nos EUA
O índice de despesas de consumo pessoal (PCE), o medidor de inflação preferido do Federal Reserve (Fed), registrou uma leitura de abril em linha com as previsões dos economistas.
A variação anual no índice de preços PCE (cheio) foi de 2,7% (0,3% na taxa mensal) em abril contra março. O núcleo do PCE, que exclui componentes de alimentos e energia, subiu 0,2% em abril na margem e 2,8% em relação ao ano anterior. O Federal Reserve (Fed) tem uma meta de inflação anual de 2%.
Os dados renovam as esperanças de que BC americano poderá deixar a política monetária menos restritiva. Segundo a ferramenta FedWatch do CME Group, 81% dos investidores apostam que uma redução da taxa de juros ocorra ao menos uma vez antes do fim do ano. As chances de um corte até setembro são de cerca de 47%.
“O índice de Preços PCE não mostrou muito progresso na inflação, mas também não mostrou qualquer retrocesso […]. Os investidores terão que permanecer pacientes, no entanto. O Fed sugeriu que levará mais de um mês de dados favoráveis para confirmar que a inflação está caindo novamente de forma confiável, então ainda não há razão para pensar que um primeiro corte nas taxas ocorrerá antes de setembro”, disse Chris Larkin, diretor-gerente de negociação e investimento da E-Trade do Morgan Stanley, em comentários por e-mail.
Com informações do Valor Econômico