A Asibama-RJ, que representa os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), aprovou um indicativo de greve geral a partir da próxima segunda-feira (24) em resposta ao fim das negociações com o governo para a reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente. Com isso, em assembleia, houve a adesão de pelo menos 15 estados para greve nos próximos dias.
Desde janeiro os servidores do órgão já tinham reduzido o ritmo das atividades, como a avaliação de pedidos de licenciamento e ações de fiscalização por conta das demandas de melhores salários e plano de carreira.
A greve pode resultar em atrasos na entrada em operação de plataformas programadas para 2024 e 2025, na avaliação da Guide Investimentos. A Petrobras (PETR4) estima que a redução das atividades do Ibama poderia impactar até 2% da sua produção em 2024. A PRIO (PRIO3) divulgou, em seu relatório de produção de maio, que não pode realizar o procedimento de workover (intervenções) em 2 poços. Novas perfurações em Papa Terra (campo da 3R – RRRP3) também podem ser impactada nos meses subsequentes.
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A Guide Investimentos vê a greve, que teve desdobramentos já no início em janeiro de 2024, como negativa para as petrolíferas, sem uma data definida para o seu término.
“A Petrobras, apesar de ainda não ter feito um anúncio oficial, provavelmente sentirá o impacto em sua produção no segundo trimestre de 2024”, comentam analistas. “No entanto, espera-se que esse efeito seja minimamente relevante para o total da produção”, completam.
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A produção da PRIO já sofreu impactos em maio, e a da 3R provavelmente sentirá os efeitos nos meses seguintes.
PRIO: produção fraca levanta questão; quando fator Ibama deixará de pesar para PRIO3?
Enquanto a greve não chegar ao fim, é provável que as ações da PRIO e da 3R (RRRP3) continuem sob pressão. No entanto, considerando os preços atuais, a Guide acredita que este seja um bom momento para investir nesses dois ativos, uma vez que ambos parecem estar subvalorizados em relação à sua média histórica.