Grandes feiras do agro apontam as tendências do futuro no campo

Grandes feiras do agro apontam as tendências do futuro no campo
Grandes feiras do agro apontam as tendências do futuro no campo

De Norte a Sul do país, o calendário das grandes feiras do setor agrícola atrai milhares de produtores, executivos e empresários do campo. Em 2023, movimentaram, segundo levantamento feito pelo AgFeed a partir de dados divulgados pelos organizadores dos eventos, cerca de R$ 50 bilhões em negócios, sendo responsáveis por mais de 40% da comercialização de segmentos como o de máquinas e implementos agrícolas, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

A 8ª Pesquisa Hábitos do Produtor Rural, realizada pela Associação Brasileira de Marketing Rural (ABMRA), que ouviu mais de 2,3 mil agricultores em todo o País, aponta que 26% dos entrevistados colocaram as feiras como os eventos mais importantes para a obtenção de conhecimento, à frente de palestras e seminários.

Não por acaso, as grandes montadoras, indústrias de insumos e de tecnologia aproveitam essa exposição para apresentar seus principais lançamentos e antecipar tendências que vão estar presentes nas lavouras nos anos seguintes.

Grandes vitrines da inovação, as feiras acumulam públicos crescentes, mas esses lançamentos também repercutem cada vez mais através de canais digitais, que multiplicam a visibilidade dos produtos apresentados nos estandes.

Em 2024, as três primeiras grandes feiras do calendário bateram recordes de presença. A diversidade de culturas nas diferentes regiões do País dá o tom dos lançamentos. Os agricultores do Sul que foram ao Show Rural em Cascavel, por exemplo, puderam conhecer novas cultivares de soja e feijão desenvolvidas pela Embrapa, com melhorias genéticas que conferem a elas mais resistência a pragas e também mais tolerantes às alterações climáticas, que desafiam a produção agrícola.

Na Tecnoshow, em Goiás, foram apresentadas novas variedades de cultivares adaptadas ao Cerrado, que são bastante concentrada no sul, a ganhar impulso também no Centro-Oeste.

Uma viagem no tempo pelas inovações apresentadas nas grandes feiras e a realidade vista hoje no campo permite entender como elas ajudam a influenciar as decisões do produtor e, assim, influenciar o futuro do setor.

Na edição de 2017 da Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina e a segunda maior do tipo no mundo, causou sensação a apresentação do primeiro modelo de máquina agrícola totalmente autônoma do mundo. O modelo incorporava uma diversidade de sensores e visão computacional que, com aplicação de machine learning e inteligência artificial, foram incorporados ao longo dos anos seguintes aos modelos comerciais.

Já na edição de 2024, praticamente todas as montadoras de máquinas agrícolas, inclusive nacionais, apresentaram modelos à venda trazendo diferentes níveis de autonomia na sua operação – só não são totalmente autônomas porque a legislação em vigor exige a presença de um operador.

Quando conectadas a redes de internet, essas máquinas oferecem ao produtor dados em tempo real que otimizam o trabalho nas lavouras e propiciam a aplicação localizada e na medida certa de fertilizantes e defensivos, gerando importantes economias ao produtor e impacto ambiental positivo.

No mesmo sentido, há dois anos uma startup do interior paulista levou à Agrishow o primeiro protótipo de um robô agrícola, capaz de percorrer lavouras e realizar operações de pulverização de forma 100% autônoma, identificando plantas daninhas através de câmeras e sensores.

No ano seguinte, o modelo já estava disponível para comercialização e com evoluções, como a capacidade de visualizar insetos de hábitos noturnos e combatê-los com a aplicação de defensivos. Atualmente, já há mais de 40 desses equipamentos em operação no Brasil e a lista de espera para sua aquisição vai até 2025.

O avanço das tecnologias sempre são uma atração nas feiras. Nos últimos anos se mostrou um desafio duplo para o setor: a conectividade, que viabiliza o uso pleno dos equipamentos, e a necessidade de levar mais conhecimento sobre o universo digital aos agricultores.

Assim, atualmente, os organizadores dos eventos têm investido na abertura de ambientes destinados aos debates em torno das inovações trazidas pelas agtechs – como são denominadas as startups de base tecnológica voltadas para o agronegócio.

A edição 2024 do Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), destinou pela primeira vez um pavilhão exclusivo para que essas empresas jovens apresentassem seus negócios ao público e, da mesma forma, a possíveis parceiros corporativos e investidores.

O mesmo modelo foi apresentado, já em março, na Expodireto Cotrijal, no espaço Arena Digital. Já a Agrishow dobrou para 40 o número de agtechs participantes do seu espaço, o Agrishow Labs.

Nesses ambientes, a convivência de grandes e pequenas empresas é intensa e produtiva. O Bradesco, por exemplo, marcou presença na Arena Digital, além do espaço exclusivo com uma arquitetura ainda mais moderna e aconchegante na Expodireto.

E este é o só o começo, em 2024 o Bradesco estará presente nas oito principais feiras agrícolas do país, além de outros eventos regionalizados do setor. Sempre com um time de colaboradores especializados e apresentando soluções que atendem a toda a cadeia produtiva do agro.

Uma das últimas participações foi em abril, na TecnoShow. E se você ficou curioso para saber como foi, pode acompanhar os melhores momentos nas redes sociais do @bradesco

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