Destruição de valor: Ação da Gol (GOLL4) chega a entrar em leilão e aprofunda queda para 24%
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![Gol (GOLL4)](https://media.moneytimes.com.br/uploads/2023/12/gol.jpg)
A ação da Gol (GOLL4) chegou a entrar em leilão na sessão desta segunda-feira (29) em meio a uma queda de 20%. O papel voltou a ser negociado com tombo de 28,55%.
Na última quinta-feira (25), a empresa entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, aprovado na sexta-feira.
Em sua recuperação, a empresa declara dívidas de R$ 20 bilhões, sendo que R$ 3 bilhões vencem no curto prazo. Inúmeras corretoras tem rebaixado a recomendação da ação para venda ou abandonado a cobertura diante das incertezas.
- É possível voltar a sonhar com a Magazine Luiza (MGLU3)? Varejista aprova aumento de capital privado de R$ 1,25 bilhão, e o analista Fernando Ferrer responde se notícia pode mudar o jogo para a empresa. Confira no Giro do Mercado desta segunda-feira (29):
O BB Investimentos foi um deles. A corretora lembra que considerando a negociações anteriores realizadas entre companhias aéreas e credores/lessores e a magnitude do endividamento da companhia em relação à geração de caixa (~5,0 dívida líquida/Ebitda UDM no 3T23), é concreta a possibilidade de que parte da dívida seja convertida em ações.
“Em um cenário base onde o controlador (ABRA), que possui US$ 1,2 bilhão em títulos de dívida, realize tal conversão, estimamos um fator de diluição acima de 60% para os acionistas correntes, com preço-alvo de R$ 2,40”, discorre.
Na sexta, o Bradesco cortou o preço-alvo da Gol de R$ 10 para R$ 1, também citando o risco de liquidez.
Eles destacam que o saldo de aproximadamente R$ 25 bilhões em reestruturação de passivos provavelmente diluirá os acionistas minoritários devido à conversão dos US$ 2,3 bilhões em dívida em patrimônio, sendo:
- US$ 950 milhões de financiamento DIP;
- US$ 1,2 bilhão relacionados à “nota garantida sênior” (ESSN) de 2028 e;
- US$ 100 milhões em passivos de arrendamento de aeronaves;
Em resposta ao Money Times, a Gol informou que respeita, mas não comenta sobre opiniões de analistas de mercado.
“A companhia preza pela transparência e segue as melhores práticas de governança corporativa. A reestruturação anunciada no dia 25/01 tem por objetivo viabilizar o crescimento da companhia ao endereçar sua estrutura de capital para que tenhamos melhores resultados no futuro”, coloca.
Mais cedo, a empresa divulgou informações preliminares não-auditadas sobre o resultado o do quarto trimestre, com patrimônio líquido negativo de R$ 23,35 bilhões.
A cifra marca um crescimento de 6% sobre o patrimônio líquido negativo de R$ 22 bilhões do terceiro trimestre. Na mesma comparação, o total de ativos da companhia recuou 2,1%, de R$ 17,2 bilhões para R4 16,8 bilhões.
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