Citi vê fenômenos climáticos “sob controle” para SLC colher bons resultados

Citi vê fenômenos climáticos “sob controle” para SLC colher bons resultados
Citi vê fenômenos climáticos “sob controle” para SLC colher bons resultados

O resultado do primeiro trimestre da SLC Agrícola foi fortemente impactado pelas culturas de milho e soja. Com o clima seco provocado pelo fenômeno El Niño, a colheita de grãos foi menor, o que fez o lucro cair mais de 60%, para pouco menos de R$ 229 milhões de janeiro a março deste ano.

Mesmo com esse cenário de instabilidade climática, o Citi mexeu na perspectiva da empresa produtora de commodities e elevou a recomendação da ação de neutro para compra. E o preço-alvo da ação subiu de R$ 22 para R$ 24 – um ganho de cerca de 30% sobre o preço de tela.

Na terça-feira, 4 de junho, a ação SLCE3, da SLC Agrícola, vem em uma trajetória de recuperação. O papel abriu sendo negociado a R$ 17,43 e liderava os ganhos da B3 com alta de 4,4% ao meio-dia, aos R$ 18,20.

Para o analista Gabriel Barra, após um período turbulento “marcado pelo fenômeno El Niño, com clima quente e seco na região Centro-Oeste do Brasil, esperamos melhores condições agrícolas em 2024/25”.

A projeção de Barra para a SLC contrasta com a expectativa da equipe de commodities do Citi, que calcula queda nos preços de grãos. No entanto, o analista vê a empresa e o Brasil menos impactados neste novo ciclo.

“Nossa perspectiva positiva para SLC é sustentada em rendimentos de produção mais elevados e do risco ascendente de um choque climático adverso, que poderia impactar negativamente a Argentina e a produção dos EUA, quebrando o regime de “preço baixo e volume baixo” nos preços dos grãos”, escreve o especialista.

Somada a essa perspectiva, a empresa agrícola já adquiriu os insumos necessários para a próxima safra por um preço mais baixo. Esse fator, aliado à maior produtividade da safra 2024/25, deve aparecer numa diluição dos custos fixos para a SLC.

Para o Citi, a relação entre o valor da companhia e a geração de caixa (EV/Ebitda) vai aumentar de 5,6 vezes no ano passado para 5,9 vezes no fim deste ano. Para 2025, a projeção é recuar para 5,4 vezes. Em 2021, a SLC teve o maior EV/Ebitda da sua história, quando o indicador chegou a 8,3 vezes.

Com valor de mercado de R$ 8 bilhões, a SLCE3 está em queda de 0,71% em 2024. Em 12 meses, o papel sobe 2,7%.