Banco digital Revolut pode se tornar a fintech mais valiosa da Europa

Banco digital Revolut pode se tornar a fintech mais valiosa da Europa
Banco digital Revolut pode se tornar a fintech mais valiosa da Europa

Depois de ser um dos alvos da reprecificação do mercado de tecnologia, a fintech britânica Revolut agora pretende realizar uma nova venda de ações que pode elevar seu valor de mercado para algo próximo de US$ 40 bilhões. Se atingir esse valor, a companhia será a mais valiosa da Europa.

A operação de venda de ações está sendo organizada internamente e vai envolver a participação que foi cedida para funcionários da fintech ao longo dos últimos anos. Serão negociados cerca de US$ 500 milhões em ações, segundo o Financial Times (FT).

Uma avaliação privada acima de US$ 40 bilhões representaria um aumento de, pelo menos, 20% em relação ao valor de mercado de US$ 33 bilhões que a companhia atingiu em 2021, quando captou seu último aporte. Na época, a empresa arrecadou US$ 800 milhões em série E liderada por Softbank e Tiger Global

Ainda que a cifra supere o valor de mercado de instituições financeiras como NatWest, do Reino Unido, e Société Générale, da França, o número ainda é inferior ao que foi obtido por outra fintech europeia.

A Klarna, com sede em Estocolmo, chegou a ser avaliada em US$ 46 bilhões em 2022 – mas depois o valuation despencou para US$ 6,7 bilhões. Foi o suficiente para que alguns investidores também começassem a marcar os papéis da Revolut para baixo.

Ainda assim, a Revolut vem apresentando crescimento em seus números. Com cerca de 40 milhões de clientes no mundo inteiro – inclusive no Brasil –, a fintech faturou US$ 1,1 bilhão em 2022 e esperava aumentar essa receita para US$ 2 bilhões no ano passado.

Um dos problemas enfrentados pela companhia nos últimos anos tem sido a demora para a concessão da licença bancária por órgãos reguladores do Reino Unido. O processo, que em média leva um ano, está em andamento desde janeiro de 2021.

No ano passado, Nik Storonsky, CEO da Revolut, afirmou que o atraso se deve a uma postura mais cautelosa dos reguladores.