Ata do Copom, Boletim Focus e IPCA-15: o que move o mercado
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As bolsas internacionais operam sem direção definida nesta segunda-feira, 24, primeiro dia da última semana do mês, do trimestre e do semestre. Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa (com exceção do Nikkei), impactadas pela realização de lucros no setor de tecnologia. Na Europa, o mercado abriu ligeiramente positivo, em meio ao bom desempenho de ações de montadoras e bancos. Nos Estados Unidos, os índices futuros sobem, com exceção do índice Nasdaq que cai na esteira da queda de 3,36% de Nvidia (NVDC34) na sexta-feira, 21. Por aqui, o Ibovespa futuro sobe de olho na agenda cheia de indicadores econômicos.
Boletim Focus
O Boletim Focus desta semana, como esperado pelo mercado, apontou para uma manutenção da Selic em 10,50% em 2024 – também mantendo a taxa básica de juros em 9,50% em 2025, e 9% em 2026 e 2027.
Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 foi elevado pela sétima semana seguida de 3,96% para 3,98%. O IPCA para 2025, por sua vez, foi elevado pela oitava semana consecutiva, subindo de 3,80% para 3,85%. A inflação para 2026 e 2027 se manteve em 3,60% e 3,50%, respectivamente.
A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 subiu ligeiramente de 2,08% para 2,09%. Já o PIB de 2025, 2026 e 2026 se manteve em 2%. As projeções do câmbio tiveram altas em suas medianas: de R$ 5,13 para R$ 5,15 (2024), de R$ 5,10 para R$ 5,15 (2025), de R$ 5,12 para R$ 5,15 (2025) e R$ 5,15 para R$ 5,18 (2027).
Ata do Copom
Após repercutir a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em manter a taxa Selic em 10,50%, movimento que marcou a interrupção do ciclo de corte de juros, o mercado agora aguarda a divulgação da Ata do Copom nesta terça-feira, 25.
O documento pode dar mais sinais sobre os próximos passos do Banco Central (BC) em relação à política monetária. Além disso, a divulgação da minuta pode reacender a repercussão da decisão, uma vez que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou na última quarta-feira, 19, que só então comentaria a manutenção da taxa após a divulgação da ata.
Dados econômicos do Brasil
A semana é de agenda cheia para indicadores econômicos do Brasil. Nesta segunda, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) divulgou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,9 ponto em junho, para 91,1 pontos, após queda mais expressiva no mês anterior. Em médias móveis trimestrais, o índice estabiliza em 91,2 pontos.
Já o BC divulgou que o Investimento Direto no País (IDP) de maio foi de US$ 3,023 bilhões, frente aos US$ 3,867 milhões anteriores. No mesmo horário, o BC também divulgou o saldo em conta corrente, que apontou para um déficit de US$ 40,148 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses até maio.
Já na terça-feira, 25, é a vez do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação no Brasil. Já na quarta-feira, 26, terá a divulgação das contas do governo, seguindo pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na quinta-feira, 27, com uma expectativa de 180 mil novos postos de trabalho, segundo o Bradesco.
Também na quinta, o BC divulga o relatório trimestral de inflação do segundo trimestre, que deve trazer mais elementos para a compreensão das projeções de inflação do órgão. Na sexta-feira, 28, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), estimando um crescimento mensal de 7,6%.
PIB e PCE dos EUA
No cenário internacional, o destaque é a divulgação, na quinta-feira, do PIB do primeiro trimestre dos Estados Unidos. O consenso LSEG aponta para uma projeção de alta de 1,5%. Na sexta-feira, será apresentado o Índice de Preço de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), indicador preferido do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) para medir a inflação. Hoje, o dia é de agenda mais esvaziada por lá, com os discursos de dirigentes do Fed sendo o foco dos investidores.
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