O dólar hoje é negociado em baixa depois de atingir o pico em 18 meses nesta quarta-feira (12). Às 9h47 desta quinta-feira (13), a moeda americana à vista caía 0,19%, cotada a R$ 5,3959.
A cotação disparou nos últimos dias e chegou a ser negociada a R$ 5,43 em meio a falas dos presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um evento para investidores na quarta-feira. A dificuldade do governo em apresentar contrapartidas para aumentar a arrecadação e entregar a meta fiscal prometida tem gerado estresse no mercado financeiro. O “risco fiscal” voltou de vez e pressiona a desvalorização do real mesmo frente a dados neutros no exterior.
“A dúvida que a gente vai ter que acompanhar é: o que vai vir de direcionamento fiscal por parte do governo? Esse é o grande dilema que a gente vem vivenciando”, comenta Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.
Lá fora, o índice DXY (índice que mede o desempenho) do dólar perdeu força nesta quinta-feira e chegou a renovar a mínima perto da estabilidade, após queda de 0,2% do Índice de Preços ao Produtor (PPI) dos EUA em maio ante abril, contrariando a previsão de alta de 0,1%. Além disso, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 13 mil na semana encerrada em 8 de junho, para 242 mil.
O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 225 mil solicitações. Tanto o indicador de preços no atacado quanto o de pedidos de auxílio-desemprego reforçam a percepção de queda dos juros dos Estados Unidos, mas o mercado segue atento à sinalização dada na quarta-feira (12) pelo Federal Reserve, de que espera apenas um corte nas taxas este ano.
Ainda assim, a cautela fiscal e sinais de desgaste do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, continuam pesando no sentimento dos investidores domésticos e apoiam a curva de Depósito Interfinanceiro (DI), segundo analistas financeiros.
Às 09h47 desta quinta, o dólar para julho era cotado a R$ 5,4040 (-0,14%).
*Com informações do Broadcast