Lessa testou arma do assassinato de Marielle em motel
O ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou à PF (Polícia Federal) que testou a arma usada para matar a vereadora Marielle Franco (Psol), uma submetralhadora MP5, em um motel antes do crime. Segundo ele, deu “5 ou 6 tiros” para verificar se o supressor de ruídos estaria funcionando.
“Eu aproveitei para testar, para saber se realmente o supressor de ruídos estava efetivamente bem-adaptado, e se realmente ele estava abafando, o termo que a gente usa genericamente”, afirmou.
A declaração foi dada em delação à PF, que veio a público nesta 6ª feira (7.jun.2024) depois de decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. LEssa é acusado de matar a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.
Em um 1º momento, disse que não se “lembrava bem” se havia testado a arma, mas depois de “recapitular” alguns pontos, se recordou “exatamente” que fez um teste mecânico na arma.
Segundo ele, é “praxe” testar a arma para não haver nenhum acidente com os envolvidos no crime. “Tem que estar muito bem alinhada, que pode ocasionar um acidente grave para o atirador, e em se tratando, digamos, de uma missão, não poderia ter erros”, disse.
De acordo com Lessa, ele estava no “Motel Taba”, localizado na Estrada do Catonho, no Rio de Janeiro. O ex-PM estava no local para retirar um veículo. Afirmou ser possível encontrar os projeteis, uma vez que teriam “rajada curta” e foram disparados na terra.
“Esses projeteis estão alojados na terra, como nós sabemos um disparo feito na terra, ele não ultrapassa 30 centímetros […] é de fácil resgate, e inclusive, os estojos, é provável que se ache também, porque é uma área de mato, então quer dizer, eu não tive a preocupação de catá-los, é muito provável que se ache”, declarou.
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