Buzzmonitor adquire startup e investirá R$ 10 mi para digitalizar negociação de influenciadores
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Conhecida por acompanhar as conversas que estão circulando pelas redes sociais a partir de uma plataforma de gestão, a Buzzmonitor colocou no pipeline uma nova divisão de negócios, a BuzzCreators. A ideia é automatizar as negociações para a contratação de nano e microinfluenciadores em campanhas publicitárias, um processo ainda muito manual e ‘feito na unha’.
Em fase de construção, o modelo está ganhando uma contribuição extra. A empresa adquiriu a startup recifense Prepi, uma iniciativa para trazer os fundadores para a nova vertical, no modelo de acqui-hiring. A Buzzmonitor concentra a sua atuação no mercado de empresas de médio porte e fechou 2023 com faturamento de R$ 34,6 milhões.
O valor da compra não foi revelado, mas a transação inclui a entrada dos seis sócios da Prepi no captable do Buzzmonitor, a partir do atingimento de algumas metas. A operação da Prepi continuará ativa por ora.
Criada no Recife, a startup chegou ao mercado em 2019 com a proposta de ajudar pessoas físicas e pequenos influenciadores na montagem de lojas virtuais em alguns minutos e na conexão com as redes sociais para impulsionar os negócios. No último ano, a plataforma teve uma receita recorrente de R$ 1,2 milhão, com tíquete médio em torno de R$ 30 por mês e mais 60 mil lojas ativas.
Como foi a negociação
Ao longo desses cinco anos, a Prepi recebeu dois aportes que totalizam R$ 2,1 milhões pelas mãos da Elife Participações, veículo de investimento criado pelos fundadores da Elifegroup, os também pernambucanos Alessandro Lima e Jairson Vitorino. A movimentação garantiu à gestora mais de 20% no negócio, participação ampliada agora para 100% com o novo acordo.
A holding controla a Buzzmonitor e ainda Elife, de social Analytics e CRM, e a agência de publicidade SA365 – ambas empresas com operações também em Portugal. No ano passado, a soma de todas as frentes do negócio ficou em torno de R$ 125 milhões.
“Em conjunto com os fundadores, nós estávamos fazendo um trabalho de venda muito digital, com bastante esforço de marketing digital, mas o tíquete médio é muito baixo. Decidimos que não queríamos ficar focando nisso. Para comparação, na Buzzmonitor o nosso tíquete médio é de R$ 4 mil mensais”, afirma Alessandro Lima, fundador e CEO da Elifegroup.
De acordo com o executivo, a dificuldade de escalar o negócio de um lado e a visão de oportunidades do outro levaram à decisão de compra para trazer os sócios da startup para o mercado de influenciadores.
Como vai funcionar a nova vertical
“Eu acho que é um mercado que ainda vai crescer muito e que existe muito trabalho manual”, diz o executivo. “Nas nossas próprias empresas, nós sentimos como essa negociação é muito complexa e ainda leva muito tempo. Além disso, existe este perfil do influenciador nano e micro que não é trabalhado”.
A premissa para a nova divisão em que pretende desembolsar mais de R$ 10 milhões nos próximos 5 anos é o contínuo crescimento do mercado. Entre 2017 e 2023, o investimento em marketing de influência avançou 75%, de acordo com estudo da Nielsen e o YouPix.
A expectativa é de que o Creators entre em circulação nos próximos 5 meses. A ideia é que a plataforma funcione como um mecanismo de intermediação, em que as marcas sobem e descrevem os projetos, colocam os valores oferecidos e os influenciadores interagem com as propostas.
Atualmente, o serviço da Buzzmonitor contempla alguns módulos, como atendimento, identificação de influenciadores, análise de dados e agendamento de posts.
Para o uso da função Creators, o cliente não precisará adquirir os outros serviços. Na proposta inicial, os sócios preveem a cobrança de mensalidade e um fee sobre o valor de mídia investido pelas marcas.
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